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Creatina: Suplemento que dá Força, Energia e Melhora a Capacidade Cerebral

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Creatina: Suplemento que dá Força, Energia e Melhora a Capacidade Cerebral  Empty Creatina: Suplemento que dá Força, Energia e Melhora a Capacidade Cerebral

Mensagem  Heraldo Costa Seg Fev 04, 2013 8:40 am

Muitos só conhecem a creatina como um suplemento popular usado por
atletas, fisiculturistas, e outros entusiastas da atividade física, que
visam manter a massa muscular e melhorar o desempenho no exercício.
Excitantes e novas evidências científicas provam que a creatina não só
pode ajudar as pessoas com desordens degenerativas neurológicas, como
também pode ajudá-las a manter uma ótima saúde física com mente e
pensamento claro e rápido.

Mantendo os Músculos Fortes e Saudáveis

A
Creatina é uma combinação de três aminoácidos: arginina, glicina e
metionina. Foi descoberta, extraída e isolada da carne de mamíferos em
1832. Humanos produzem a creatina no rim, fígado e pâncreas, mas aloja a
maior parte nos músculos, inclusive no coração.

Apesar da
creatina ter sido descoberta no início do século XVIII, foi apenas no
final do século XX que os cientistas descobriram que quando usada como
suplemento, a creatina pode ajudar de forma significativa no aumento da
massa muscular.

Mais de 500 estudos confiáveis demonstram que os
suplementos de creatina podem ajudar a todos: homens e mulheres, em
qualquer faixa etária, a manter a boa forma muscular. Cuidam ainda de
alguns dos efeitos debilitantes do envelhecimento, como a sarcopenia,
que é a perda da força e massa muscular relacionada com o avanço da
idade. Um estudo publicado em fevereiro de 2003, examinou o efeito de
250 suplementos para aumentar a massa muscular magra e a força, junto a
exercícios de resistência com pesos: de todos os suplementos, a creatina
foi um dos poucos que constantemente aumentou a massa muscular magra e a
força em jovens e idosos.

Outro estudo publicado em 2003, fez
uma revisão bibliográfica de mais de 300 estudos sobre o potencial valor
ergonômico da suplementação com creatina, concluiu que a suplementação
com creatina fornece certa ajuda nutricional, geralmente sendo efetiva
para uma grande variedade de exercícios.

Essencial para Manter a Energia

A
Creatina aumenta a capacidade de realizar exercícios e hipertrofia a
massa muscular pelo seu papel regenerador da Adenosina Trifosfato(ATP). O
ATP é a molécula de energia primária do corpo que é usado pelas células
como o primeiro e principal substrato energético na produção de
energia. Uma analogia que fazemos é imaginar o ATP como o combustível
natural do corpo, um "gás natural", que é queimado rapidamente em uma
poderosa usina para produzir eletricidade.

No corpo o ATP é
quebrado para produzir energia bioquímica e durante este processo
bioquímico, o ATP perde uma de suas moléculas de fosfato e se
transformando na Adenosina Difosfato(ADP), e é nesse momento que a
creatina entra em ação. A Creatina, que é armazenada no corpo como
fosfato de creatina ou fosfocreatina, recarrega o ADP doando uma
molécula de fosfato para o ADP produzir novamente o ATP, para que este
então possa ser usado para fornecer mais energia. Portanto, sem a
Creatina para recarregar o ATP, nós ficaríamos literalmente famintos por
energia.

A Sede do Cérebro para Energia

Na
próxima vez que você assistir aos jogos de futebol, dê uma olhada nos
grandes jogadores das linhas ofensivas ou defensivas. Então tente
imaginar qual parte do corpo deles que consome mais energia. Serão suas
enormes pernas? Ou o incrível volume de seu tórax? Suas pernas, que mais
parecem um tronco de árvore que têm que carregar o peso corporal por
todas as partes do campo?

A resposta surpreendente não está em
nenhuma das opções anteriores. À parte do corpo humano que precisa da
maior quantidade de energia é pequena; pesa por volta de 1,5 kg, é
também conhecida como massa cinzenta e se aloja em nosso crânio, ou
seja, é o cérebro. Enquanto o cérebro humano tem somente de 1-3% do peso
total do corpo de uma pessoa, seus bilhões de neurônios (as células
nervosas ativas do cérebro) usam de 15 - 20% do total energético de
nosso corpo, ou seja 15 – 20% do total de ATP produzido em nosso
organismo.

A energia fornecida pelo ATP é usada pelo cérebro para
reparar os neurônios, produzir, armazenar e secretar os
neurotransmissores, e para gerar as descargas bioelétricas que acontecem
quando os neurônios se comunicam entre eles. Esse processo bioelétrico,
o qual é ativo a cada segundo todos os dias, acontece por uma troca
contínua e rápida dos íons de sódio e potássio pelas membranas dos
neurônios, um processo que depende de bombas bioquímicas dentro das
membranas para mover os íons de sódio e potássio para frente e para
trás. Foi calculado que por volta de 45% do ATP de um neurônio pode ser
usado para dar poder a estas importantes bombas de sódio e potássio.

Creatina e Desordens Neurodegenerativas

Quando
você percebe o quanto o ATP é importante para a função cerebral, logo
associa a creatina nesse processo. Não deveria ser nenhuma surpresa que
certas desordens genéticas, caracterizadas por erros inatos do
metabolismo da creatina no cérebro, pudessem causar defeitos
neurológicos significantes. O primeiro erro inato do metabolismo da
creatina no cérebro foi descrito clinicamente em 1994; é a deficiência
de "GAMT" (metiltransferase guanidinoacetato). A deficiência de "GMAT" é
uma desordem recessiva autossomal, na qual o nível de creatina no
cérebro é quase indetectável. Esta deficiência genética se manifesta
logo ao nascer e provoca uma parada no desenvolvimento , ocasionando
retardo mental, inaptidão da fala, e fraqueza muscular.

Estudos
mostraram que a suplementação oral com creatina em pacientes com esta
desordem pode ajudar a diminuir ou até mesmo reverter alguns de seus
sintomas mais debilitantes.
A deficiência "AGAT" (arginina: glicina
amidinotransferase), é outra desordem genética autosomal, na qual um
mínimo ou nenhum metabolismo de creatina no cérebro resulta em retardo
mental, fala desordenada, e habilidade motora comprometida.
Em um
estudo de duas irmãs com quatro e seis anos que envelheceram com
deficiência de AGAT, a suplementação com creatina provocou um progresso
rápido na habilidade motora e um aumento geral no desenvolvimento
cognitivo.

Três Doenças Neurológicas Mortais

Recentes
estudos mostraram que a creatina não só pode ajudar em desordens
genéticas do metabolismo da creatina no SNC, mas também em desordens não
genéticas. É postulado agora por muitos pesquisadores de doenças
neurológicas que as desordens neurológicas devastadoras como Parkinson,
Huntington, e as doenças de Alzheimer, compartilham processos
bioquímicos fundamentais nas suas patogêneses, como o stress oxidativo
acentuado e a deterioração do metabolismo da creatina, o que impede a
renovação do ATP e conseqüentemente a falta de energia para as células
nervosas. Para dar suporte a essa teoria, vários modelos de estudos com
animais e também com humanos, mostraram que a suplementação com creatina
pode melhorar significativamente vários sintomas comuns de muitas
doenças neurológicas. Acredita-se que a creatina possa realizar esta
tarefa, agindo como um propulsor para regenerar o ATP e melhorar a
oferta de energia celular com comportamento de um antioxidante.

Parkinson
é uma doença neurológica crônica que foi primeiramente descrita em 1817
por um médico de Londres chamado Dr. James Parkinson. Desde aquele
tempo, não se sabiam as causas de tal enfermidade. O que se sabe é que
os neurônios na área do cérebro conhecida como substância nigra, se
degeneram e morrem, produzindo níveis reduzidos de dopamina, que é um
neuroquímico vital para o cérebro. Os sintomas mais comuns da doença de
Parkinson incluem tremores durante o descanso, rigidez, problemas de
equilíbrio e depressão.

Enquanto os cientistas continuam
procurando a causa para a doença de Parkinson, alguns médicos
pesquisadores estão postulando que a deterioração do ATP e a agressão
causada pelo stress oxidativo danificam os neurônios e podem representar
papéis chaves na patogênese dessa doença que afeta 1.5 milhões de
pessoas.

Suplementos como a creatina, podem ajudar a impulsionar
os níveis de ATP e também trabalhar como antioxidantes, agindo como
possíveis agentes seguros e efetivos contra a doença de Parkinson.
Recentes estudos em animais, estão mostrando que a suplementação com
creatina pode proteger contra ambas as causas da doença de Parkinson, ou
seja, a depleção de dopamina e a perda dos neurônios. Enquanto nenhum
estudo com humanos for publicado, faz sentido pensar que a creatina age
eficazmente como um potente antioxidante cerebral e melhora os níveis e a
função do ATP nos neurônios, provando ser valiosa no combate à doença
de Parkinson.

A suplementação com Creatina, também pode ser uma arma na luta contra a doença de "Huntington"

Esta
desordem genética neurológica devastadora e irreversível afeta milhares
de pessoas que perdem a habilidade de caminhar, pensar e conversar,
além de causar a perda da razão. No momento, nenhuma cura efetiva existe
para a doença de Huntington. Ainda aqui, a suplementação com creatina
confirmou ser útil novamente, melhorando a maioria dos efeitos
debilitantes desta doença. Um estudo realizado em 1998 provou que a
suplementação com creatina oferece significante proteção contra a doença
de Huntington.

Os autores do estudo concluíram que a
administração oral de creatina melhora a concentração celular de ATP e
pode atenuar a morte das células cerebrais em modelos animais que imitam
a neuropatologia e o fenótipo clínico da doença de Huntington.

As
melhores notícias emergiram de um estudo publicado em julho de 2003,
que examinou os efeitos de 10 gramas por dia de creatina em pacientes
com a doença de Huntington. Depois de um ano, os pacientes que fizeram o
uso da suplementação de creatina não mostraram nenhuma mudança
mensurável em sua condição mental: um sinal de que a creatina pôde parar
a degeneração neurológica associada com a doença de Huntington.

Alguns
investigadores acreditam que a creatina seria útil até mesmo no combate
a debilidade mental, causado pela doença de Alzheimer. Em um
experimento com neurônios de rato, a creatina mostrou prevenir o efeito
tóxico da beta-amilóide, um componente significante da doença de
Alzheimer. Pensando nisso, os autores de um recente estudo que examinou
pacientes idosos que têm o genótipo ApoE (conhecido por ser um fator
genético de risco para a doença de Alzheimer) declarou: os potenciais
efeitos terapêuticos da creatina em evitar a deterioração de nossa
memória e cognição merecem investigações adicionais e jamais deverão ser
negligenciados.

Mantendo a Mente e a Memória com Força Total

Enquanto
a creatina prova ser útil no combate a algumas de nossas doenças
neurológicas, uma pesquisa recentemente publicada destaca como ela pode
ajudar também as pessoas sem nenhuma desordem neurológica a manter uma
ótima função cerebral e ainda melhorar a memória.

Vários estudos
têm conclusivamente demonstrado que os níveis de creatina no cérebro
estão intimamente relacionados a uma ótima habilidade de memória e
aprendizado. Um estudo publicado em 2000 examinou o trabalho de
habilidade da memória, definido como a capacidade do cérebro para reter a
informação para uso futuro sem o uso de sugestão externa. Esse estudo
foi realizado em crianças que foram submetidas a espectroscopia para
medir os vários neuroquímicos cerebrais.
Os investigadores acharam que as crianças com os níveis mais altos de creatina tiveram uma melhor performance cerebral.

Também
foram analisados níveis de creatina no cérebro para correlacionar com a
habilidade da memória em adultos mais velhos. Um estudo publicado em
fevereiro de 2003 examinou através de espectroscopia mudanças no cérebro
em 20 adultos idosos (média de 70 anos) durante testes de treinamento
de memória.

Os investigadores observaram que o nível de creatina
cerebral aumentou durante o treinamento de memória. Outro artigo
publicado recentemente no "Neuroscience Research" examinou os efeitos da
suplementação de creatina na fadiga mental em 24 homens e mulheres com
idade adulta. Nesse estudo duplamente cego e placebo controlado,
sujeitos que tomaram 8 gramas de creatina diariamente por um período de
cinco dias mostraram significativamente menos fadiga mental durante a
execução de cálculos matemáticos simples comparados aos sujeitos que não
usaram a creatina. Os autores notaram que, como ainda não sabem o
mecanismo específico de ação, a creatina parece ajudar a aumentar a
utilização de oxigênio no cérebro.

Mantendo uma Ótima Saúde Cerebral

Um
estudo publicado em outubro 2003 forneceu uma luz adicional na
habilidade da creatina para aumentar a memória e até mesmo a
inteligência. Os pesquisadores selecionaram somente vegetarianos para
este estudo, postulando que a suplementação de creatina poderia ser mais
efetiva em vegetarianos porque eles não obtêm nenhuma creatina da
dieta, uma vez que a creatina é encontrada principalmente na carne.
Quarenta e cinco sujeitos (12 homens e 33 mulheres) com idade entre 19 a
37 anos, foram avaliados em um estudo duplamente cego e placebo
controlado, por um período de seis semanas, durante as quais alguns
sujeitos foram suplementados a dose de 5 gramas de creatina por dia
enquanto os outros receberam placebo.

Ambos os grupos fizeram uma
bateria de testes que examinaram suas memórias e também suas
habilidades analíticas. Isso foi seguido por um período de descanso de
seis semanas, durante o qual nenhuma creatina ou placebo foram
fornecidos, e então fizeram uma outra seção de seis semanas durante a
qual, os sujeitos que receberam a creatina na primeira seção receberam
placebo e vice-versa.

Seguindo esta seqüência, outra bateria de testes para memória e inteligência foi administrada.

Como
em estudos anteriores, os sujeitos que tomaram a creatina fizeram
significativamente os melhores testes para memória e habilidades
analíticas quando comparados àqueles que tomaram placebo. Os autores do
estudo concluíram: a suplementação de creatina mostrou um efeito
positivo e significante na melhora do funcionamento da memória e na
inteligência, ambas as tarefas que requerem velocidade no processo de
pensamento. Estas descobertas sublinham um papel dinâmico e significante
na melhora da capacidade do cérebro com o uso da creatina.

A
creatina mostrou nestes estudos ser um suplemento efetivo que nutre a
mente e o corpo e ajuda a alcançar melhores níveis de energia no plano
físico e mental.

http://fisiculturismo.com.br/_/suplementos-alimentares/creatina-suplemento-que-d%C3%A1-for%C3%A7a-energia-e-melhora-a-capacidade-cerebral-r615
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