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O uso de ergogênicos é necessários para alcançar os objetivo

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Mensagem  cupertino Qui maio 24, 2012 8:35 am

O uso de ergogênicos é necessários para alcançar os objetivo Dennis11

por Marcelo Sendon

Será que para o praticante de musculação, não competidor, o uso de ergogênicos é necessários para alcançar os objetivos?

Recentemente, para os que não sabem comecei a me preparar para um dos maiores eventos de fisiculturismo do Brasil na área de estreantes, o organizado pela IFBB (International Federation of Bodybuilding).

Obviamente, como toda preparação de bodybuilding, não esperava que fosse nada menos do que muito difícil, sofrido e, por horas bastante propenso a lhe fazer querer desistir no meio do caminho. Isso não somente pelos fatos que todos nós já conhecemos, como uma dieta extremamente restritiva (principalmente para aqueles que, como eu, estão acostumados com quantidades exorbitantes de alimentos no offseason), treinamento intenso, horas de sono mal dormidas pela ansiedade etc etc etc. Mas, além de todos esses fatores, ainda contamos com os fatores que envolvem a saúde e, não falo a respeito apenas do uso de ergogênicos, mas também, de todo o processo que, no caso competitivo, certamente tem um impacto diverso na saúde. Aliás, é justamente isso que gosto de salientar quando diferencio a prática esportiva, que é extremamente saudável, do esporte competitivo e de alto rendimento, no qual, o próprio nome diz, busca-se o rendimento independente de quaisquer coisas ou quaisquer caminhos que sejam necessários.

Pois bem, meus amigos, quero compartilhar mais ou menos como foi minha rotina nas últimas 2 semanas e meia antes do campeonato, que foi o tempo o qual tive para me preparar:

Basicamente, eu acordava as 3:30h da manhã, tomava alguns ergogênicos, estimulantes e agentes lipolíticos e iniciava o aeróbio em jejum as 4h, apenas com água no estômago e, nada mais, nem mesmo algum tipo de aminoácido. Não praticava aeróbio de alta intensidade, pois, isso ao meu ver poderia se tornar mais maléfico do que benéfico. Então, a caminhada durava cerca de 20-30 minutos a depender do dia e da disposição. Como, infelizmente tinha disponível apenas uma pista de Cooper, alguns desses dias, realizei esse tempo todo embaixo de garoa ou chuviscos, o que para quem já não está lá com uma alimentação das melhores pode significar uma bela doença. Porém, não tive nada disso, graças a um ótimo sistema imunológico que tenho.

Após isso, normalmente eu voltava para casa, começava a arrumar meus preparativos para a faculdade, tais quais materiais e, claro, refeições. Já eram em torno de 5 e meia da manhã quando eu terminava e então começava com uma suplementação de aminoácidos e alguns fitoterápicos.

Às 6h era realizada a minha primeira refeição, basicamente constituída de arroz e um shake de proteínas com waxy maize na primeira semana ou arroz e frango, variando conforme a vontade do dia, sendo que, na última semana, apenas utilizei, de proteína, whey protein com tecnologia de osmose reversa.

A segunda refeição era realizada as 09:00h da manhã, após longas 2h e meia de aula. Neste momento, nas primeiras semanas, utilizei um sanduíche com pasta de amendoim e linhaça acompanhado de peito de frango. Tudo, obviamente, com baixas quantidades perto do que é o offseason.

A hidratação nesse período já passava os 3L de água mineral e o estômago já revirava como um moinho.

Pois bem, ao meio dia, quando todos teoricamente estaria com um delicioso almoço de arroz, feijão e carne ou até mesmo purê de batatas com carne, lá estava eu com mais uma droga de um shake de proteínas acompanhado de um pouco de óleo de linhaça e fim. Era aquele shake que não enchia nem um pouco a barriga e, se quer poderia ser trocado por comida sólida pelo fato da facilidade.

Às 15:00h era realizada a minha refeição pré-treino, na qual nas primeiras semanas ainda tinha uma quantidade significativa de carboidratos, algo em torno de 80-90g, o que pra mim já era extremamente baixo, visto os níveis os quais estava acostumado a utilizar normalmente no offseason. Acompanhado a isso iam em torno de 75-80g de proteínas e lipídios cortados, ou seja, não contava com a utilização de mais uma fonte de energia (costumava utilizar MCTs).

A fraqueza nos treinamentos eram bastante aparentes, visto a utilização de cargas ridiculamente mais baixas do que as habituais, repetições muito mais sofridas e assim por diante.

Porém, absolutamente normal era isso, pois, os níveis de glicogênio muscular eram cada vez mais baixos e o nível de Cetose no corpo também era extremamente alto (aliás, meu paladar e meu hálito de cetona que os digam… rs!). Realizava o shake imediatamente após o treino contendo normalmente waxy maize, alguns aminoácidos e whey protein isolado com tecnologia de osmose reversa (VPX SRO).

Nessa altura do campeonato, a fome já era tanta, aliada as tremendas hipoglicemias que só me restava esperar para a refeição das 19:00h contendo um pouco de carboidratos de baixo/médio índice glicêmico, algo em torno de 20-30g (que nem isso chegavam na última semana) com 90g de proteínas, normalmente dando 300g de peito de frango grelhado ou tilápia.

Depois disso, mais algumas horas e a última refeição era feita com caseína, amendoim e claras de ovos… Confesso que essa refeição realmente era a melhor do dia, afinal, pelo menos haveria um pouco de sabor devido à caseína e ao amendoim.

Por conseguinte, eu acabei por contar minha rotina, mas, o foco deste artigo não é falar sobre a minha preparação em si, mas, sobre a utilização de ergogênicos e até aonde pode chegar a utilização de seu uso.

Nesse meio termo, não quero ser hipócrita e dizer que a utilização de ergogênicos não foram utilizados. Entretanto, também não posso ser hipócrita e dizer que tudo foi feito sem o menor conhecimento. Por fim, também não posso ser hipócrita e dizer que isso se aplicaria a quaisquer indivíduos, principalmente em quantidades nas quais foram utilizadas algumas delas. Porém, isso faz um paralelo com o que estava conversando com um colega esses dias.

Ele me indagava sobre a utilização de substâncias lícitas ou não na preparação para campeonatos, especialmente de fisiculturismo e me indagava sobre as grandes quantidades que supostamente eram necessárias para essas finalidades. Obviamente, as quantidades são exageradas se olharmos do ponto de vista que a maioria delas não é fisiológica. Entretanto, o que pude responder foi que, apesar disso, esses fatores de ergogênicos eram o que menos importava diante a dedicação e protocolos corretos de treinamento, dieta, descanso e complementos.

Além disso, muito do que iria importar era referente a maneira a qual era feita a utilização e não necessariamente as quantidades.

Vejo diariamente muitos indivíduos utilizando diversos tipos de ergogênicos, sejam eles hormonais, ou simplesmente “suplementos” vendidos legalmente ou não. Utilizando aliás, em quantidades totalmente desnecessárias. E sabe qual o mais engraçado? São esses mesmos indivíduos que acabam obtendo menos resultados. E sabe o porquê? Porque eles não possuem os protocolos corretos, mas sim, um senso comum no qual acredita que quanto mais, melhor.

Em uma palestra, Dr. Paulo Muzy dizia que, pelo senso comum, muitas vezes poderíamos julgar as condições financeiras do indivíduo pelo tamanho do braço, afinal, teoricamente quanto maior este fosse, mais significaria o gasto com ergogênicos, mostrando então as possíveis condições financeiras da pessoa… (Boa, dr!!!)

A realidade e a pergunta que acabo me fazendo é: Até aonde vai essa utilização de ergogênicos?

Bem, como atleta, posso dizer que, essa utilização é um tanto quanto inevitável e muitas vezes ela não obedece se quer os limites do próprio corpo. Ele necessita quebrar limites genéticos, limites físicos, limites psicológicos… E tudo isso em pouquíssimo tempo, custe o que custar. O resultado é que um atleta de elite dificilmente terá uma vida longa sem algum tipo de problema físico, mental ou, o que é pior, os dois ao mesmo tempo.

Mas, essa foi a escolha do atleta e ele deve estar ciente para arcar com as consequências de suas escolhas. Além disso, não posso entrar no mérito de escolhas no âmbito profissional de cada um. Se uma vida é dedicada para isso, então que seja 100%.

Mas, e para o leigo, isso vale a pena? Com certeza, posso dizer que não. Porém, o uso indiscriminado de diversos tipos de substâncias e compostos tem sido cada vez mais frequente por influência de uma sociedade que cria estereótipos, por uma mídia que cria personagens e até mesmo por conceitos próprios de autoavaliação e egocentrismo. E não é a toa que cada vez mais as lojas de suplementos estão com mais produtos que prometem, prometem e prometem, cada vez mais o mercado paralelo de substâncias tem crescido, apesar de toda “malha fina” que vem ocorrendo e, não é a toa que cada vez mais as pessoas estão sacrificando saúde e bem-estar pela “aparência de boa forma”. Muitas se quer dessas pessoas param para analisar o quão mais vantajoso seria obter resultados periódicos, porém sólidos e preservando o bem maior que é a saúde do que resultados provisórios, imediatos e sacrificando este presente que naturalmente nos é dado.

Meus caros, para obter um corpo bonito, para obter uma boa forma, não é necessário loucuras. Não é necessário fazer extravagâncias, mas sim, fazer o certo, ter disciplina, saber até onde seu corpo pode chegar e saber respeitar os limites. As mudanças podem facilmente ocorrer dia-a-dia se fizermos o certo e, quando menos esperarmos, estaremos atingindo nosso objetivo. E é surpreendente ver que isso REALMENTE É POSSÍVEL.

Quero hoje vos encorajar para seguir o caminho correto. Para ouvir vossos corpos e, para acima de tudo lutar pelos seus objetivos.

Bons resultados, não tem preço. Satisfação própria por tê-los obtido, também não!

Bons treinos!

Artigo escrito por Marcelo Sendon (@marcelosendon)
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