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Mensagem  cupertino Sáb Abr 16, 2011 9:22 pm

Dianabol (metandrostenolona)

As Características

Tempo de ação: de 6 a 8 horas (oral); de 48 a 72 horas (injetável)
Dosagem relatada: 10-70mg por dia
Aromatiza: sim
Converte-se em DHT: não
Acne: sim
Retenção hídrica: sim
Pressão Alta: sim
Inibe o eixo HPT: muito
Hepatotóxica: sim


História
Na
década de 50, os russos dominavam o cenário quando a questão eram as
modalidades esportivas em que a força fosse o fator preponderante.
Descontentes com a situação, os Estados Unidos solicitaram que os
médicos da equipe americana de levantamento de pesos descobrissem como
os russos estavam conseguindo tanta vantagem sobre os americanos. A
história oficial diz que os médicos americanos contaram com a ajuda de
um atleta russo que aceitou ser submetido a uma série de exames, porém,
nos bastidores se comenta que o segredo foi entregue de bandeja pelo
treinador da equipe russa durante uma bebedeira. Independente da
veracidade de uma ou outra história, o fato é que os americanos
descobriram o que estava acontecendo: a administração exógena de
testosterona sintética. Foi neste contexto que John Ziegler, médico da
equipe americana de levantamento de peso, desenvolveu o primeiro EAA
derivado da testosterona, feita especialmente para os atletas
americanos, em 1960. A substância recebeu o nome de metandrostenolona e a
sua patente foi vendida para a Ciba Pharmaceutical Company (que hoje
faz parte da Novartis) por 100 dólares. Dianabol, o nome comercial desta
droga usado pela Ciba, se popularizou e é conhecido até os dias de
hoje, em todas as partes do mundo. O advento da metandrostenolona tornou
possível o desenvolvimento de vários outros EAAs (1).

A
facilidade da administração oral aliada aos fantásticos efeitos fez com
que o dianabol ganhasse adeptos em várias modalidades esportivas. Se a
testosterona ocupa o primeiro lugar na lista de EAAs mais usados na
história, certamente o dianabol se encontra na segunda posição. Apesar
da comunidade médica utilizar no passado o dianabol como um “tônico
para mulheres” (!!!) , com o passar do tempo a falta de aplicação desta
droga para combater problemas reais fez com que ela fosse retirada de
circulação em 1980. Contudo, a metandrostenolona ainda é produzida
legalmente em países como México, Rússia, Bulgária e Tailândia. Estes
países são responsáveis por boa parte da distribuição de dianabol ao
redor do mundo. Apesar da metandrostenolona não ser comercializada
legalmente no Brasil, a oferta desta droga no mercado paralelo é grande,
partindo principalmente dos laboratórios undergrounds situados no pais.


Os Efeitos
A
metandrostenolona é uma droga de ação forte e rápida. De forma geral,
os efeitos obtidos com o dianabol são grandes em todos os sentidos,
sejam eles para o bem ou para o mal. A sua ação rápida promove grande
aumento de peso em um curto espaço de tempo. A construção muscular é
beneficiada graças a maior retenção de nitrogênio promovida pela droga
(2), porém nem todo o peso obtido com o seu uso ocorre por conta do
desenvolvimento muscular. Apesar da presença de uma dupla ligação entre
os carbonos 1 e 2, e da metilação no carbono 17, ambos fatores que
diminuem a taxa de aromatização, a metandrostenolona quando em contato
com a enzima aromatase é convertida em metil-estradiol, que é um
estrógeno bem mais ativo que o próprio estradiol (7), resultando em uma
maior ação estrogênica durante o uso desta droga do que se teria com o
uso de testosterona, por exemplo. Dessa forma, boa parte do peso e
volume muscular obtido são resultados não só do acumulo de músculos, mas
também do acumulo de líquido, fazendo com que os músculos pareçam
maiores e mais cheios, e na grande maioria dos casos prejudicando também
a definição muscular a medida que parte do fluido é alocada fora dos
músculos, mais especificamente entre os músculos e a pele. Ainda neste
sentido, a metandrostenolona possui um interessante mecanismo de
retenção de potássio (2), o que serve como um contra-peso para a grande
retenção de sódio proveniente do metil-estradiol. É valido lembrar que,
apesar dos efeitos colaterais, o estrógeno possui alguns efeitos
positivos sobre o anabolismo muscular, como a maior liberação de GH e
IGF-1, proliferação de receptores androgênicos (3).

Além de
tudo, o dianabol é responsável por um grande aumento de força (2),
tornando possível treinos muito mais intensos. A soma geral desses
fatores faz com que a metandrostenolona seja uma das melhores drogas
para construção muscular, miligrama por miligrama. A metandrostenolona
atua também como um excelente anti-catabólico, reduzindo a quantidade de
cortisol em até 70%. A presença do grupo metil no carbono 17 da sua
molécula, além de possibilitar a administração desta droga pela via
oral, diminui a sua afinidade com o SHBG (6), tornando-a uma substância
bastante ativa no organismo. A maioria dos usuários que estão em um
ciclo com dianabol tem a sua libido e auto-estima aumentada, e também
sentem como se estivessem bombeados durante todo o dia. Paradoxalmente, a
metandrostenolona se liga com pouca força aos receptores androgênicos
(4), sugerindo que ela exerce seus efeitos por vias não mediadas por
estes receptores. Por não se ligar com força suficiente aos receptores
androgênicos, o dianabol não é exatamente uma boa droga para queima de
gordura.


O Uso
A metandrostenolona é uma droga bastante
forte quando a comparamos com outras drogas. Normalmente os usuários
alcançam ótimos resultados utilizando aproximadamente 1mg/dia para cada
2kg de peso (3)(5). Isso significa cerca de 50mg/dia para um atleta
pesando 100kg (dividindo o peso por 2 se tem a dosagem diária em
miligramas). Ao que tudo indica, dosagens superiores a 1mg/dia para cada
2kg não causam aumento dos resultados na mesma proporção, a não ser
pelos colaterais. É importante lembrar que esta dosagem é citada com
base em produtos autênticos e com concentração acurada. Produtos falsos
ou subdosados podem não proporcionar os mesmos efeitos, ou mesmo não
ocasionar qualquer efeito. Então repito, a metandrostenolona é efetiva
mesmo em dosagens baixas como 20mg ou 30mg.

A meia-vida da
metandrostenolona é de cerca de 3-4 horas, iniciando sua ação em 1-3
horas (3)(Cool. Isso faz com que a administração da dosagem diária
necessite ser dividida ao longo do dia, afim de manter o nível da droga
na corrente sanguinea tão estável quanto possível. Via de regra, como na
maioria das drogas orais, quanto mais frequentes forem as
administrações, melhor. No entanto, alguns usuários optam por 3-4
administrações diárias sem nenhum prejuízo aparente nos resultados. Além
da versão oral, alguns laboratórios undergrounds também comercializam
esta droga na versão injetável. A meia-vida da metandrostenolona na
versão injetável é de cerca de 24-36horas, fazendo com que a droga
precise ser administrada diariamente ou pelo menos uma vez a cada dois
dias. Da mesma forma que o estanozolol, a versão injetável do dianabol
também pode ser administrada oralmente.

Como você deve imaginar, a
metandrostenolona não é uma boa droga para ciclos de definição. Sem
nenhum mecanismo que favoreça a lipólise e com forte ação estrogênica,
esta droga pode ter o efeito contrário do que se deseja em um ciclo de
definição, já que o metil-estradiol decorrente da aromatização da
molécula de metandrostenolona tende a inibir a lipólise e provocar
retenção hídrica, escondendo a definição muscular. É possível utilizar a
metandrostenolona em um ciclo de definição se associado à um inibidor
de aromatáse. Como os inibidores de aromatáse reduzem bastante a taxa de
aromatização, os “malefícios” do estrógeno seriam minimizados. Contudo,
vamos ser lógicos. Porque utilizar a metandrostenolona em ciclo de
definição quando você pode substitui-la por uma droga mais favorável a
esse objetivo? Não faz sentido. Isto também se aplica para os ciclos que
buscam ganho de massa muscular sem perda de definição.

Por outro
lado, a metandrostenolona é uma ótima escolha para os ciclos que visam
grande aumento de massa muscular. Sendo uma droga de ação forte e
rápida, ela é muito utilizada na fase inicial desses ciclos como uma
droga de arranque, enquanto outras drogas mais lentas atingem o seu pico
de ação. Para estes casos, drogas como a testosterona e nandrolona
costumam ser as melhores opções de combinação para a metandrostenolona,
dando preferência para os ésteres longos em ambos os casos. Combinar a
metandrostenolona com oximetolona não é uma boa opção, já que as duas
drogas são bastante tóxicas ao fígado.

Infelizmente a manutenção
dos resultados obtidos com um ciclo de dianabol é muito complicada.
Alguns usuários chegam a perder 80% dos resultados em poucas semanas
após o fim do ciclo, apenas para perder os 20% restantes nas semanas
subseqüentes. Na tentativa de manter o máximo dos resultados no
pós-ciclo, algumas estratégias foram criadas ao longo dos anos, como
terminar os ciclos com drogas mais anabólicas (oxandrolona e metenolona,
por exemplo) e com um inibidor de aromatase, para entrar na TPC com o
mínimo de estrógeno possível. Este tópico será discutido a fundo na
seção Ciclando.

Colaterais
O valor androgênico da
metandrostenolona está situado entre 40 e 60, o que faz desta uma droga
não muito androgênica. Ainda assim, colaterais como oleosidade da pele,
acne e queda de cabelo podem ocorrer. Apesar de ser reduzida para
dihidrometandrostenolona quando em contato com a enzima
5-alfa-reductase, esta redução acontece a uma taxa muito pequena, e a
própria dihidrometandrostenolona parece não ter muita afinidade com os
receptores androgênicos (9), fazendo com drogas como a finasterida não
sejam muito efetivas no controle de colaterais androgênicos da
metandrostenolona, como queda de cabelo.

Graças ao
metil-estradiol, resultado da aromatização da metandrostenolona,
colaterais de origem estrogênica podem surgir durante o ciclo. O mais
comum destes colaterais, e que atinge a grande maioria dos usuários, é a
retenção hídrica, podendo ocasionar em perda da definição muscular e
pressão alta. Outros colaterais de origem estrogênica como ginecomastia
e acumulo de gordura localizada podem se manifestar, ainda que estes
últimos não sejam tão comuns. Por outro lado, graças a essa forte ação
estrogênica a metandrostenolona não altera os níveis de colesterol
quando usada em dosagens moderadas (11).

Durante o uso da
metandrostenolona as enzimas do fígado se alteram rapidamente (10),
indicando hepatotoxidade mais elevada que outros esteróides
anabolizantes 17aa, como a oxandrolona e o estanozolol. O consenso geral
entre os usuários diz que, por este motivo, não é prudente utilizar a
metandrostenolona por períodos maiores que 6 semanas. A capacidade
aeróbica (5) e a produção endógena de testosterona também ficam
comprometidas com o uso desta droga (5)(12).

Referências
1. Nelson Montana, History of Steroids, John Ziegler and Dianabol

2. Clin Sci (Lond). 1981 Apr;60(4):457-61

3. Rea, Building The Perfect Bea

ABRAÇO E BONS TREINOS!!!

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