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TESTOSTERONA - PERFIL

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Mensagem  cupertino Sáb Abr 16, 2011 9:24 pm

TESTOSTERONA

As Características

Tempo de ação: 3 dias (propionato); 8 dias (enantato); 14 dias (cipionato)
Dosagem relatada: 200-2000mg por semana
Aromatiza: sim
Converte-se em DHT: sim
Acne: sim
Retenção hídrica: sim
Pressão Alta: sim
Inibe o eixo HPT: muito
Hepatotóxica: não (apenas na versão metilada)


A História

Em
paris, um médico de 72 anos afirmou para os seus colegas que havia
descoberto um tratamento para rejuvenescer o corpo e a mente. Dizia ele
que dentre vários benefícios, havia aumentado sua força física e
desempenho intelectual. Para conseguir estes resultados, tudo o que o
médico precisou fazer foi injetar um líquido extraido dos testículos de
cães e porcos da índia. Este foi Charles-Édouard Brown-Séquard, em 1889,
que apesar de não conhecer a existência da testosterona, atestava que
aquela “secreção interna” (termo usado para se referir ao fluido que era
administrado) trazia uma série de benefícios quando injetada no corpo
humano. Contudo, na época, os especialistas na área não deram muito
crédito para Charles-Édouard, e alegaram que os efeitos positivos
alcançados por ele foram simples fruto da auto-sugestão. Infelizmente
Charles se deixou levar pela zombaria de seus colegas e abandonou suas
pesquisas neste campo (1).

Quase 40 anos depois, em 1927, Fred
Koch descobriu que animais castrados eram remasculinizados após
receberem uma substância isolada, proveniente de testículos de boi.
Contudo, o trabalho para obter isolar essa substância era enorme,
fazendo com que fosse quase impossível conseguir quantidades suficientes
para a realização de estudos em humanos. Naquele momento, eram
necessários mais de 80kg de testículos bovinos para extrair cerca de
20mg da substância. No entanto, haviam interesses por trás dessa
descoberta, especialmente de grandes indústrias farmacêuticas como a
Schering, Organon e a Ciba. Nos anos 30, essas três empresas iniciaram
um trabalho de pesquisa em grande escala nesta área, culminando com a
identificação da molécula de testosterona pela Organon, em maio de 1935.
Ainda em 1935, no mês de agosto, dois métodos para a síntese da
testosterona a partir do colesterol foram desenvolvidos, um por
Butenandt e outro por Ruzicka. Para ilustrar a grandiosidade deste
feito, é preciso lembrar que ambos ganharam o prêmio Nobel de química
pelas seus descobertas.

Os Efeitos

Muita confusão é feita
quando se fala de testosterona, e grande parte disso é proveniente do
incontável número de ésteres desta droga que estão disponíveis nos dias
de hoje. Para que os efeitos da testosterona e seus ésteres sejam melhor
compreendidos, precisamos entender que toda testosterona esterificada
(propionato de testosterona, cipionato de testosterona, etc) é uma
pró-droga, ou seja, uma susbtância inativa que será metabolizada no
organismo após administrada, produzindo metabólitos ativos que irão
proporcionar os efeitos desejados. Em outras palavras, a testosterona
esterificada não promove efeito algum. Dessa forma, é preciso que a
testosterona seja separada do seu éster para que ela exerça qualquer
função no organismo. Esse fato levou muitos autores e usuários a
acreditar que o éster atrelado à testosterona seria responsável apenas
por alterar a sua meia-vida, de forma que os efeitos da testosterona
seriam os mesmos, independente de qual fosse o éster (2). Desta crença
se originou a tão famosa frase “testosterona é testosterona”. Contudo,
na prática, a utilização de ésteres diferentes resulta em efeitos
diferentes, e essa diferença de ação é bem conhecida há algumas décadas,
tanto pelos usuários quanto por alguns pesquisadores que se
interessaram pelo assunto. No entanto, testosterona continua sendo
testosterona e a maioria dos seus efeitos são comuns a todos os ésteres.
Dessa maneira, os efeitos comuns da testosterona serão enumerados e, em
seguida, as diferenças decorrente dos diferentes ésteres. Então vamos
ao que interessa.

A testosterona promove a construção muscular
através de uma série de mecanismos distintos Aumentando a retenção de
nitrogênio, que é o indicador primário do poder anabólico de uma droga, a
testosterona disponibiliza mais material para que os músculos sejam
construídos (3). A testosterona também é responsável por aumentar a
produção de GH e IGF-1 (4)(5), duas substâncias que tem papel
fundamental no anabolismo muscular, sendo este último intimamente ligada
ao processo de hiperplasia, evidênciando os efeitos da testosterona
sobre a maturação das células satélites (7), seja para reparação do
tecido muscular ou para a formação de novas fibras. Além disso, a
testosterona atua como um antagonista dos glucocorticóides, fazendo
desta uma ótima droga anti-catabólica (Cool, propriedade especialmente
importante nos ciclos definição, quando o usuário se encontra em déficit
calórico. Por falar em definição, a testosterona também se liga muito
bem aos receptores androgênicos, promovendo a perda de gordura (9). A
ligação com os receptores androgênicos também é responsável pelo aumento
na síntese e armazenamento de glicogênio muscular (10), o que resulta
em um treino mais intenso e melhor recuperação após o treino. Aumentando
a quantidade de hemácias (11), a testosterona aumenta a vascularização e
a resistência ao exercício aeróbico. Além dos vários benefícios ligados
à estética e à performance, a testosterona pode prevenir (ou retardar) o
mal de Alzheimer, infartos e ataques cardiácos, exibindo também uma
série de efeitos positivos sobre a memória, o apetite, o humor, os
ossos, os nervos e unidades motoras (17-20).

Com todos esses
mecanismos agindo simultaneamente, muitos consideram a testosterona como
a base para todo e qualquer ciclo. Ainda que existam alguns casos onde a
testosterona não precisa necessariamente ser aplicada, aqueles que
optam por colocar uma droga mais forte em seu ciclo certamente devem
optar pela testosterona. De fato, a testosterona é a melhor opção custo
benefício disponível, e se compararmos os resultados absolutos veremos
que poucas drogas tem o mesmo potencial da testosterona. A versatilidade
da testosterona faz com que ela possa ser aplicada tanto em ciclos de
definição quanto em ciclos de volume. Porém, diferentes ésteres conferem
à testosterona diferentes propriedades, principalmente no que tange a
conversão da testosterona em estrógeno, de forma que mesmo sendo a
testosterona aplicável em qualquer ciclo, alguns ésteres atendem melhor à
alguns objetivos do que outros.

Os Ésteres

Inicialmente a
esterificação foi criada para tornar o uso de uma determinada droga
mais confortável. Aumentando o tempo de liberação, o éster faz com que o
usuário precise administrar a droga em intervalos de tempos maiores, ou
fazer menos administrações em um mesmo intervalo de tempo. Considerando
que geralmente a testosterona é administrada através de injeção
intramuscular profunda, a esterificação poupa os usuários de alguns
momentos de dor e desconforto. Contudo, aqueles que tiveram a
oportunidade de utilizar ésteres de testosterona diferentes são
categóricos ao afirmar que os ésteres mais curtos (como o propionato)
tem ação diferente dos ésteres mais longos (como o enantato e o
cipionato). Segundo estes usuários, o propio
nato de testosterona
trás mais qualidade muscular e moderado aumento de peso, enquanto o
enantato ou cipionato de testosterona promovem um maior aumento de peso
no geral, ainda que boa parte seja de retenção hídrica, o que por sua
vez reduz a qualidade muscular. Esse conhecimento empírico se
estabeleceu ao longos dos anos, de forma que é natural ouvir
recomendações sobre ésteres curtos em ciclos de definição e ésteres
longos em ciclos de volume. Ainda que não houvessem estudos científicos
comprovando essas diferenças, a simples observação dos resultados já
seria uma base suficientemente forte para sustentar a aplicação dos
diferentes ésteres em ciclos com objetivos distintos.

O ponto
central na diferença entre as ações dos ésteres é a taxa de aromatização
que ele confere à testosterona. Um estudo concluiu que ésteres mais
longos ocasionam maior presença de estrógeno no organismo que os ésteres
mais curtos (12). O mesmo estudo mostra que os individuos submetidos à
ésteres curtos também tiveram maior contagem de espermatozóides,
recuperação do eixo HPT mais acelerada, e pior perfil lipídico quando
comparados aos individuos que foram expostos aos ésteres longos. Sabendo
que o estrógeno é um grande supressor do eixo HPT e atua positivamente
no perfil lipídico, fica fácil perceber que estes últimos parâmetros
decorrem de uma menor taxa de aromatização por parte dos ésteres curtos.
Ainda que o estudo em questão tenha sido realizado com macacos (Macaca
fasicularis), os resultados convergem com o conhecimento empírico que
foi acumulado com os anos de experiência dos usuários. Assim, com menos
estrógeno no organismo, os ésteres curtos promovem melhora na qualidade
muscular do usuário, já que a retenção hídrica com ésteres de
testosterona mais curtos costuma ser branda ou mesmo inexistente.

Porém,
os ésteres longos também tem suas vantagens. Ainda que a qualidade
muscular fique comprometida graças à retenção hídrica decorrente do alto
nível de estrógeno, os ésteres longos são superiores quando o quesito é
a retenção de nitrogênio (13). Além disso, o estrógeno também tem
propriedades anabólicas, já que este hormônio estimula a produção de GH e
IGF-1 (14)(15)(16), aumenta a concentração de receptores androgênicos e
atua positivamente sobre os mecanismos de utilização de glicose pelos
músculos (10). Dessa forma, a presença de uma quantidade de estrógeno
elevada pode ser benéfica para a construção muscular.

Outra
diferença entre os ésteres reside sobre o seu peso molecular. Apesar de
muito importante, esse fator costuma ser negligenciado pela maioria dos
usuários. Como o peso molecular do éster influência diretamente na
quantidade de testosterona que será liberada no organismo, o peso do
éster deve ser levado em consideração quando a dosagem do ciclo for
estabelecida. Dessa forma, quanto maior o éster atrelado à testosterona,
menos testosterona será liberada na corrente sanguinea, necessitando
assim de uma maior quantidade de testosterona esterificada para atingir
uma determinada dosagem. Para ilustrar melhor este conceito, vamos tomar
como exemplo dois ciclos, sendo um deles com 500mg de propionato de
testosterona por semana e outro com 500mg de enantato de testosterona
por semana. Nos ciclos citados, ambos estão usando quantidades iguais de
testosterona esterificada, dando uma falsa impressão que a quantidade
de testosterona administrada é igual nas duas situações. Contudo, no
ciclo com propionato de testosterona, o peso molecular do éster
corresponde a cerca de 20% da quantidade total administrada na semana,
enquanto que no ciclo contendo enantato de testosterona, esta
porcentagem sobe para 30%. Desta maneira, o primeiro ciclo conta com
algo em torno de 400mg de testosterona por semana. Já o segundo ciclo
conta com apenas 350mg de testosterona por semana. Assim, é importante
que o usuário ajuste a quantidade de testosterona esterificada a ser
administrada de acordo com o peso do éster. Para efeito de cálculos
futuros, para cada 100mg de testosterona atrelada aos ésteres
propionato, enantato e cipionato, você terá respectivamente 83.7mg,
69.9mg e 69.6mg de testosterona pura.


O Uso

Por força
do hábito, convencionou-se entre a maioria dos usuários que a dosagem
mínima para que a administração exógena de testosterona ofereça
resultados significativos é de 500mg por semana. No entanto, usuários
com menos experiência e tempo de treino podem conseguir resultados
expressivos mesmo com doses mais baixas, como 200-300mg por semana, uma
vez que estas pessoas tendem a ser mais leves e ter histórico de EAAs
reduzido ou inexistente. Considerando que o corpo humano (homens) produz
naturalmente cerca de 50mg de testosterona por semana, mesmo uma
dosagem pequena como 200mg oferece uma quantidade de testosterona quatro
vezes maior que a normal. Contudo, os usuários mais avançados parecem
precisar de doses maiores para obter resultados expressivos, sendo que a
dosagem normalmente utilizada por estas pessoas fica entre 500 e 1g.
Ainda assim, existem usuários que optam por dosagens elevadas, podendo
chegar a 1,5g ou 2g.

As propriedades da testosterona fazem com
ela possa ser aplicada em qualquer ciclo, seja qual for o objetivo. Como
você deve ter percebido até aqui, alguns ésteres se aplicam melhor em
certo ciclos. Para ciclos de definição os ésteres curtos, como o
propionato de testosterona, são uma melhor opção por resultar em menos
estrógeno. Para maximizar os resultados do ciclo, um inibidor de
aromatase é necessário, reduzindo ao máximo a aromatização, afim de que
se possa aproveitar todo o potencial da testosterona no quesito queima
de gordura. Em ciclos com esse objetivo, drogas mais androgênicas e não
aromatizáveis podem ser associadas à testosterona, como a trembolona ou
drostonolona, ou mesmo drogas com perfil mais anabólico, como o
estanozolol por exemplo. Ésteres curtos também podem ser aplicados em
ciclos que visam aumento de massa muscular sem perda da qualidade, já
que um leve aumento no nível de estrógeno é aceitável e bem-vindo neste
tipo de ciclo. Para os ciclos que buscam este objetivo, drogas não
aromatizáveis (como estanozolol, oxandrolona, trembolona, etc) ou as que
tem baixa taxa de aromatização (como boldenona e fenilpropionato de
nandrolona) são opções que tendem a maximizar os resultados. Nos ciclos
que buscam aumento de volume, os ésteres longos (enantato, cipionato,
etc) trazem melhor resultado, uma vez que proporcionam maior retenção de
nitrogênio e a alta taxa de conversão em estrógeno favorece a
construção muscular. Drogas como oximetolona, metandrostenolona e
decanoato de nandrolona são opções válidas para se combinar com a
testosterona nos ciclos que visam grande aumento de massa muscular.

Os Colaterais

Por
ser a droga mãe de todos os outros EAAs, a testosterona recebeu o valor
androgênico 100, e esse valor é usado como parâmetro para estipular o
potencial androgênico de todas as outras drogas. Assim, quando você se
deparar com uma droga cujo valor androgênico é 200, isso quer dizer que
ela é duas vezes mais androgênica que a testosterona. Ainda que o valor
androgênico da testosterona seja bem menor que o de outras drogas, como a
trembolona (valor androgênico 500), ela é capaz de provocar colaterais
desta natureza, como oleosidade da pele, acne e queda de cabelo. Além
disso, a testosterona é reduzida pela enzima 5-alfa-reductase, gerando a
dihidrotestosterona (DHT), que é um EAA ainda mais androgênico que a
própria testosterona. Outros colaterais de natureza androgênica como o
comportamento agressivo também podem surgir durante um ciclo contendo
testosterona.

Por ser convertida em estrógeno quando em contato com a enzima aromatase, colaterais como ret
enção
hídrica, aumento na pressão arterial e ginecomastia são possíveis. É
importante observar que, como visto anteriormente, ésteres curtos tendem
a causar menos colaterais de origem estrogênica que os ésteres longos,
já que resultam em menores níveis de estrógeno. Sendo assim, os usuários
mais sensíveis aos colaterais estrogênicos devem optar por ésteres
curtos, como o propionato, afim de evitar complicações futuras. Contudo,
paradoxalmente, algumas pessoas são sensíveis à ação rápida dos ésteres
curtos (22), e aqueles que fazem parte deste grupo costumam relatar
febre, cansaço e falta de disposição para treinar e se alimentar
corretamente.

Durante o uso de testosterona exógena, o eixo HPT é
suprimido rapidamente (2), sendo necessário fazer a TPC adequada com o
objetivo de minimizar o crash hormonal ao final do ciclo. O perfil
lipídico também pode ser alterado nos ciclos contendo testosterona. Um
estudo com 61 homens saudáveis, onde foram utilizadas diferentes
dosagens de testosterona durante 20 semanas, mostrou um redução no HDL
proporcional à dosagem utilizada, concluindo que este é um colateral
dose-dependente (21). http://www,vigorex.com

Referências

1. The History of Synthetic Testosterone; February 1995; Scientific American Magazine; by Hoberman, Yesalis; 6 Page(s)
2. William Llewellyn, Anabolics 2006
3. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism Vol. 82, No. 11 3710-3719
4. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism Vol. 90, No. 3 1613-1617
5. Am J Physiol Endocrinol Metab 282: E601-E607, 2002
6. Am J Physiol Endocrinol Metab 283: E154-E164, 2002
7. Curr Opin Clin Nutr Metab Care. 2004 May;7(3):271-7
8. J Lab Clin Med. 1995 Mar;125(3):326-33
9. Curr Pharm Biotechnol. 2004 Oct;5(5):459-70
10. L Rea, Building the Perfect Beast, 2003
11. Zhonghua Nan Ke Xue. 2003;9(4):248-51
12. Journal of Andrology, Vol. 24, No. 5, September/October 2003
13. J Am Geriatr Soc. 1954 May;2(5):293-8.. PMID: 13162731
14. J Clin Endocrinol Metab 76:996–1001
15. J Clin Endocrinol Metab 81:1217–1223
16. J Clin Endocrinol Metab 82:3414–3420
17. Heart. 2004 Aug;90(Cool:871-6


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